segunda-feira, 28 de maio de 2012

1 ANO

1 aninho

O blog tá fazendo 1 aninho hoje, ainda é um bebê, estamos engatinhando ainda.

O Maternidade Despenteia veio pra somar, e assim como mais um, alimentei, dei amor, carinho e alguns puxões de orelha. Foi um ano maravilhoso, a minha a Laura cresceu, a Clara nasceu, eu chorei, sorri, sonhei, me despenteei inúmeras vezes (bom sinal) e sobretudo, aprendi. 

Por isso, como toda mãe, não poderia deixar passar em branco, então escolhi esse bolinho lindo, com a cor da moda "azul turquesa".
O parabéns meninas, a gente deixa pra outro dia,  porque as meninas estão dormindo e acordá-las não seria uma boa idéia :o)

Ah! Soprar a velhinha pode! Então, convido todas vocês companheiras de sempre e também às que estão chegando agora, pra comemorar esse primeiro ano com a gente. E que venham muitos ainda!
Obrigada pela paciência e espero estar sempre por aqui, dividindo e aprendendo.


terça-feira, 22 de maio de 2012

CLARA (LA HEMANA)

A Clara é linda, é moreninha e têm olhos puxadinhos.
Laura está apaixonada por ela, cada vez que olha pra irmanzinha beija, abraça, aperta, grita, pula. Parece a Felícia do desenho animado quando dizia: "Vou te abraçar, apertar até você dizer que me ama!", pois é, sao iguais.
La hemana 
Clara super à vontade nos braços da Laura (rs)

Estou colecionando pérolas e por enquanto têm sido divertido. Outro dia cortei uns pedaços de morango e dei no garfinho pra ela comer. Por falta total de noçao da minha parte,  fui até a cozinha e quando voltei vejo a seguinte cena:  Laura tentando dar morango com o garfinho pra sua irmanzinha. Fala sério, nao é uma fofa! Ela só queria dar molanguinho!!!

Outra fofurice da Lauri é o bom dia que ela faz questao de dar todos os dias para a irma. Já virou rotina, ela vem do seu quartinho e vai direto para o bercinho, normalmente Clara está dormindo e se está acorda!

- Hola, hola, hola.... (assim 1 trilhao de vezes)
- Bi diaaaa, bi dia!
- Hemanaaaa, hemanaaa!
E dá aquela gargalhada :o)

Também chama a irmanzinha de bombom, tudo porque logo que ela chegou em casa comentamos que a bebê parecia um bombom e como papagaio oficial da família captou a mensagem e agora nao para, é popom pra cá, popom pra lá, popom mia.

E a mamae aqui se desmancha toda!


sábado, 19 de maio de 2012

PÓS-PARTO

Apesar de estar muito feliz, a chegada em casa nao foi como eu esperava.
Imaginava chegar e receber aquele abraço da Laura, sentar tranquilamente e conversar um pouco com a família, enfim, um programa tranquilo e digno de uma família que acaba de chegar em casa com um bebê.
Pois é, minha cu-nhada, esposa do irmao do meu marido, que nunca deu o ar da graça, decidiu dar uma de tia e levou Laura pra almoçar fora no dia da minha alta. Acho que nem preciso dizer o quanto fiquei chateada. Vi que todos tentavam consertar a situaçao, mais a coisa já estava feita.
Os hormônios começaram dar o ar da graça e eu é que fiquei sem graça. Meus sogros nao sabiam o que falar, meu marido entao nem se fala. Decidi enviar uma mensagem e recebi como resposta que ela estava feliz e nao sentia minha falta. Nao sei se eu sou muito coraçao, ou tem gente que nao tem sensibilidade alguma. Enfim, 4 horas depois chegou Laura chorando, com fome e molhada de xixi. Ódio total!
___ """" ____
Já se passaram um pouco mais de 2 meses do nascimento da Clara e encontrar tempo para escrever é como acertar na loteria.
O pós-operatório foi maravilhoso, a cicatrizaçao dos pontos da laceraçao excelente e a amamentaçao está sendo um sonho (merece um post exclusivo) . O mais difícil desde o início tem sido as noites de sono mal dormidas, o cansaço e o acúmulo de funçoes. Mesmo com ajuda de uma amiga e da minha sogra, nao tem sido fácil. Graças a Deus, tive uma excelente recuperaçao, dessa maneira a casa tá dando pra levar, faço quando posso e quando dá. Ao menos consegui alguém para passar roupa eu consegui, assim ganho tempo para cuidar das meninas.
A minha amiga foi embora pouco antes da Clara completar 1 mês, e pensei: "danou-se" (como diz minha vó). Era um sentimento de impotência e de "vou blefar" a qualquer momento, que nem o melhor gênio da auto-ajuda me ajudaria.  
Eu parecia mae de primeira viagem, havia momentos que eu nao sabia o que fazer, ela chorava tanto durante o dia e durante a noite, que já nao sabia se era fome, se era cólica, irritaçao ou sono. Esse comportamento era novo pra mim, e nao saber o que fazer me desesperava. Sem contar que a situaçao era nova pra todo mundo, principalmente pra Laura. Agora sua mamae tinha outro bebê, que gostava de colo, fazia careta e chorava muito e pra piorar a situaçao, ficava pendurada no peito da sua mamae quase o dia inteiro. Laura teve uma idéia, resolveu imitar a "hemana" em tudo, ela grita eu grito, ela chora eu choro, resultado disso? mamae chorando também. O marido que me socorre sempre, chega em casa do trabalho 2-3h da manha e ainda me ajuda a sacodir a cria até dormir. Um parêntese aqui, nunca comprei nenhum livro do tipo "nana nenê" e nao sou contra, na verdade eu seria o exemplo a nao seguir (rs), ainda estou longe de conseguir aplicar técnicas. Há meses Laura dorme comigo primeiro pra depois ir pra sua cama, o marido reclama muito, chegamos até discutir por isso, e confesso que sou incapaz de fazê-la dormir sozinha. Ela resolveu dormir só quando a irma está dormindo, ou seja, nunca (rs). As técnicas da super nanny só funcionam com o marido, é impressionante. Ele a leva para o seu quarto, fala meia dúzia de palavras e ela dorme feito um anjinho e comigo dá um show de Betânia. E o que fazer pra encarar esse turbilhao de informaçoes?  Bom senso, vivo um dia após o outro, tentando resolver as coisas com calma, procurando melhorar a cada dia
E foi tentando melhorar, que decidimos pedir orientaçao médica e marcamos pediatra.Já nao estávamos aguentando essa situaçao de nao saber o que fazer e foi ótimo. Na consulta de 1 mês comentamos que desconfiávamos que Clara podia ter refluxo, porém o pediatra prefiriu esperar um pouco e aguardar a próxima visita. Como víamos que a coisa só piorava, decimos voltar antes do prazo estabelecido e finalmente iniciamos o tratamento contra o refluxo e o resultado têm sido positivo. Estamos contentes por vários motivos, primeiro porque estava sendo difícil vê-la sofrer, depois porque tudo têm soluçao, até nossas noites ficaram mais tranquilas. E  aquela luz no fim do túnel parece que voltou a piscar pra gente!
Ainda nao sei dizer até onde isso é saudável para as meninas, pois nao consigo atendê-las. Só sei de uma coisa, que tudo vai passar e logo as rotinas serao introduzidas novamente, enquanto isso nao acontece, vou apagando fogo, porque é assim que me sinto agora "numa fogueira" (rs).
Só mais uma coisa, apesar de tudo, vale a pena cada noite de sono mal dormida, porque acordar todos os dias com o sorriso mais puro e sincero do mundo, nao há mal-humor que resista.
Maternidade sua linda, amo você!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

quinta-feira, 17 de maio de 2012

QUARTO 112

Se eu nao tivesse duas filhas pra criar e a casa pra dar conta sozinha, eu sentiria vergonha de nao haver escrito minhas mil e uma histórias. Confesso que estou perdidinha ainda, uma verdadeira loucura.

Vamos ao que interessa...

Eu estava feliz, queria que os dias passassem voando, nao via a hora de ir pra casa. Queria  minha filha, tinha uma saudade imensa do meu terremotinho e sei que ela também sentia minha falta.

Passada 2 horas de parto, me levaram para o quarto e no caminho a enfermeira me informa que o quarto era o 112. Nao podia esquecer, foi o mesmo quarto que fiquei quando nasceu a Laura.

Os quartos aqui sao duplos, com alojamento conjunto e um banheiro sem chuveiro, cada mae tem seu armário individual, uma cadeira para acompanhante e uma cortina separando as duas camas (para dar um pouco de privacidade). Confesso que é incômodo do mesmo jeito, mas infelizmente nao tinha escolha, é o único hospital de referência com uma excelente Uti neonatal. Assim, que seja rico ou pobre, a maioria das crianças nascem no Hospital Central de Astúrias.

Outra coisa que me incomodava era o fato de nao ter chuveiro no banheiro, principalmente porque meu quarto ficava no final do corredor e para tomar banho era necessário cruzar ele inteiro. E apesar de nao ter feito episiotomia, eu me sentia fraca para caminhar.

Cada dia era uma eternidade, enquanto nao tinha alta, ficava imaginando o encontro da Laura com a irmanzinha. Aqui eles liberam criança, mas nao por muito tempo. Na verdade eu nao precisava de muito tempo, se me dessem 5 minutos com ela, seriam os minutos mais bem aproveitados. Só queria poder abraçar minha filhinha outra vez...

E o dia chegou e foi lindo!
Eu me emocionei de vê-la entrando no quarto e chamando mamae. E com lágrimas nos olhos, corri e dei aquele abraço. Ela estava eufórica, queria me contar tudo que fez durante os dias que estava e senti um orgulho enorme. Foi quando me dei conta que já nao era o mesmo bebê que deixei em casa, estava enorme, parecia gigante.

... hora de mostrar a bebê, todos estavam atentos para reaçao, parecia de copa do mundo, ninguém piscava (rs). Quando olha pra Clarinha, solta um grito "bebeeeeeeee", tentou alcançar a maozinha pra fazer um carinho e logo tive que socorrer a mais nova integrante, pois Laura já estava puxando a irma pelos colarinhos. Socorro!!! O que me esperava em casa (rs).

Infelizmente nao fui de alta neste dia, era necessário esperar completar 48h de vida para realizar o teste do pezinho. Foi triste despedir da Laurinha, senti ciúmes dos meus sogros, que coisa né? acho que os hormônios já começavam a colocar suas maozinhas de fora.

Enfim, depois de uma longa espera aguardando alta médica, fui liberada. Chegou o momento mais esperado, dizer adeus ao quarto 112 e colocar em prática o maior dom que Deus podia me dar o de ser mae!
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