sábado, 17 de agosto de 2013

MAE ROSA, MAE PINK, MAE PRINCESA, MAE DE MENINA!

Olá mae de meninas e mae de meninos! :0)
Outro dia fui convidada para escrever num blog de uma amiga querida, que vocês com certeza vao adorar. Se chama Kinder Mundo e vai ser uma explosão de cores, originalidade e qualidade, que vai deixar qualquer mamãe doidinha. Guardem esse nome, vocês vão precisar :)
Enfim,  o tema a ser abordado era "mae de menina". Este foi o primeiro texto, peguei carinho (rs) e depois vi que o relato não encaixava e precisei mudar. Mas, guardei esse pra vocês :0)

Hoje meu post é em especial para elas, minhas molecas levadas da breca!


Era uma vez ...
Um mundo cor-de-rosa e cheio de purpurina.
Sim, ele entra na sua vida sabe Deus  como, acho que deve ser por osmose, porque não lembro de gostar de rosa e nem de vestir rosa, aliás, eu odiava rosa. Só até o dia que elas entraram na minha vida e só quem é mãe de menina sabe que "o rosa" tá no sangue, vem junto, não dá pra devolver e nem voltar atrás.

Na verdade não quero outro mundo, quero esse mesmo criado por elas, cheio de faz de contas, castelos e princesas. Sei que pareço mais a gata borralheira, mas adoooooro quando sou chamada princesa. Falo com fadas, como comida de mentira, me faço de boneca de pano, pulo feito doida, canto, me visto de bailarina e ainda assim elas me amam, não é demais?

Ser mãe de menina é saber que não nem todo dia o mundo é rosa, de vez em quando ele fica da cor do chão. Sim, porque menina também brinca de carrinho, rola no chão, se lambuza, tem mais hematoma nas pernas que muitos meninos, tem chulé e tira caca do nariz. Amo molecagem de menina!

 Descobri que adoro bobeira de menina, os trejeitos e as frescuras.
Adoro o tagarelar, o cantarolar e o imitar constante. Elas querem ser a mamãe e eu  quero ser elas. Ninguém explica o sapato alto no pé pequeno, o batom ou o resto dele nos lábios, o sutiã na cabeça, as unhas pintadas da mesma cor que a mamãe  e a frase que acompanha esse ser tão pequeno e que me derrete cada vez que eu escuto: "Igualzinha a você mamãe!"

E neste mundo fascinante de menina, sou o que elas querem que eu seja, dou o melhor de mim e recebo o melhor delas. Sou rosa, sou pink, sou princesa, sou mãe de menina! 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

CLARA E AS VISITAS FREQUENTES AO PEDIATRA

Hoje vou uma contar nossa historinha sobre nossas visitas ao pediatra. Confesso que eu preferia que fosse ao Zoológico, ao parque ou ao Brasil (rs).

Desde que Clarinha nasceu (hoje 1 ano e 6 meses), vamos com uma certa frequencia ao pediatra. Ela nasceu muito bem, de parto normal e tudo parecia reagir bem. Já estava decidido que a amamentaria exclusivo e a livre demanda e estava feliz.
Os primeiros dias nao foram fáceis, muita mudança, muita informaçao ainda nao absorvida, eram tantas as preocupaçoes que atormentavam meu coraçao, que nao me deu tempo perceber que Clara sofria de refluxo. Eu via que sempre durante e após a amamentaçao ela estava incomodada, regurgitava muito e o sono era inquieto.

Esperei uns dias antes de falar com seu pediatra, mas a situaçao ao invés de melhorar, só piorou.
Ao chegar no consultório contamos toda a história, ele a examinou, fez inúmeras perguntas e disse que nao achava que era refluxo, que eu deveria alimentá-la sentada e elevar bem a cabeceira, e qualquer dúvida voltasse. Pra falar a verdade eu achava que era refluxo, mas também achava que devia confiar no seu médico.

Os dias foram passando e mesmo com todos os cuidados, Clarinha continuava regurgitando muito e já nao dormia, nem de dia e nem à noite. O sono era inquieto e chorava muito. 

Voltamos ao pediatra e depois de outras inúmeras perguntas e um exame clínico, resolveu tratar como refluco. Iniciamos o tratamento e com 1 semana de tratamento vimos que tudo continuava igual.
Já nao voltei ao médico, preferi observar, manter a calma, usar meu instinto materno e meus dons de enfermeira pediátrica (rs). E quando vi que o tratamento pouco funcionava, resolvi tratar com o pediatra do ambulatório e nossos dias eram assim, visita constante ao pediatra.

Foram duros 7 meses de tratamento, tanto para ela quanto para nós, mas que graças a Deus foi corrigido. Cheguei a pensar que teria que deixar de amamentá-la, tinha medo que o médico tomasse esta decisao, mas os anjinhos estavam do meu lado e ouviram minha oraçao.

Agora vou contar a parte difícil desta história. Clara tinha 4 meses, o intestino começou a ficar lento, muito lento, ao ponto de demorar 5-7 dias para funcionar. Fiquei triste, era muito para minha pequenininha, já nao pensava no meu cansaço, eu só queria que ela estivesse bem.

Quando vi que já eram muitos dias, marquei outra vez com o pediatra e lá vamos nós contar toda a história. Ele passou um medicamento em pó, agora mesmo nao lembro o nome dele. Ficamos com ele mais ou menos uns 2 meses, intercalando com supositório de glicerina e dieta laxativa. Desta maneira, a cada 2-3 dias, o intestino funcionava. Estava confiante, mas nao estávamos livres das visitas ao pediatra :o(

Quando ela completou 11 meses, o pediatra começou fazer caras (eu nao gostava nada da cara dele) e antes de investigar com métodos invasivos, nos deu um segundo medicamento, este mais forte. A dieta continuou laxativa, iniciamos com o novo medicamento e o supositorio era administrado a cada dois dia, caso o intestino nao funcionasse. Esperamos 1 mes para saber se realmente o intestino corregia e nada mudava. Realmente comecei a ficar preocupada e voltamos ao médico.

Desta vez, entrei diferente, queria entender o que podia estar acontecendo com o meu bebê. O pediatra no intento de me tranquilizar me explicou que algumas crianças demoram para corregir e que podia ser considerado funcional até uma certa idade. Talvez eu tenho escutado ele dizer 1 ano e meio, já nao tenho certeza. Nesta consulta ele perguntou se eu ainda amamentava e respondi que sim, o meu coraçao quase saiu pela boca, pensei que ele fosse pedir para parar, mas nao. Era só pra saber como era a alimentaçao dela, ufa!

Saimos do consultório com uma dose maior, os horários ficaram mais rígidos e no final, diferente de antes, queria que em 8 dias entrassemos em contato com ele. Confesso que saé de lá mais triste que antes.

Já chorei muito, já pensei em muitas coisas ruins e resolvi fazer uma oraçao em favor desta causa, que para mim é muito angustiante.

Já nao aguentava ver a carinha de sofrimento da Clara e agonia na hora de fazer coco. Este horário tornou a ser de grande expectativa para nós. Digo nós a familia inteira mesmo, até a Laura bati palminhas quando ela faz coco.

Houveram dias em que só com a medicaçao funcionava, cheguei a passar meses sem necessitar do supositório. As consultas diminuiram e falávamos com seu pediatra somente por telefone.

Até que o intestino deixou outra vez de funcionar, mesmo com medicamento e com 14 meses voltamos ao pediatra. A primeira perguntou foi sobre a alimentaçao. Contei que ela nao era de comer grandes quantidades e que também nao gostava de tomar muita água, preferia o peito. Entao, escutei um "peito?", você ainda amamenta? e quer amamentar até que idade?
Me senti num interrogatório policial. E respondi firmemente, até que ela desista doutor! Eu amo amamentar e ela também, sei que já reclamei muito neste consultório de nao dormir pelas madrugadas e que nao aguentava mais.  Mas quando ela deita sobre mim e juntas nos olhamos e trocamos carinho, eu esqueço de tudo. Ele me olhou, olhou nos meus olhos e disse: pois agora preciso que você deixe de amamentar, preciso saber se o seu leite está interferindo no tratamento. Neste momento meus olhos se encheram de lágrimas e segurei para nao chorar. O momento que eu mais temia chegou e agora o desmame nao seria natural, seria provocado. Nao estávamos preparadas!

Ele pediu retorno em 15 dias e que se pudesse iniciar o desmame quanto antes, se possível assim que saisse do consultório, melhor. Só pensei em uma palavra: "insensível".

Eu nao iniciei o desmame, pelo contrário, amamentei, amamentei e amamentei ... como se fosse a última vez e ela há dias estava gripadinha e sem apetite e só queria peito.
Meu marido veio conversar comigo, eu sabia que ela estava do meu lado e nao queria me machucar. Só queria que eu entendesse que o tratamento era necessário e que como sempre me apoiava em tudo, mas era importante seguir as palavras do pediatra.

Eu abri o meu coraçao e disse que assim que ela tivesse uma melhora, eu iniciaria o desmame e depois daquela conversa e daquele dia nao voltamos a falar com seu médico.

Hoje, ela tem 17 meses e há 16 atrás tomei uma decisao, uma séria decisao. Iniciei o desmame.
Me senti preparada e como estamos de férias na casas dos meus sogros, só voltamos para casa alguns dias da semana, achei que era um momento oportuno. Percebi que seria bom para ela em todos os sentidos, precisamos descansar, ela precisa aprender a dormir, já que acordava de 3-3 horas para tomar "tete". Eu, realmente quero ajudá-la e se for realmente o leite materno que esteja interferindo no seu tratamento, nao me perdoaria.

Os primeiros dois dela eu chorou quase 2 horas de madrugada e com uma dor enorme no coraçao eu nao abria mao, mantive minha decisao.
Doeu muito ve-la tao brava e implorando seu tete. Mesmo porque ela nao toma nenhum tipo de leite, nao gosta de cereais, nao toma mamadeira de jeito nenhum. Entao decidi por enquanto, até que eu consiga substituir o leito por outro alimento, amamentá-la pela manha. Nao sei se estou fazendo certo ou nao, mas estou feliz, porque desde o segundo dia de desmame ela consegue dormir a noite inteira, e estamos devagarinho nos desligando.

Agora querem saber se o intestino está melhorou? Pois nao, continua do mesmo jeito
Ainda é uma interrogaçao e que será investigado no próximo mes. Só peço a Deus que nao seja nada grave, que seja funcional, que seja corrigido com o tempo, porque já nao aguento tanta inquietaçao no meu coraçao.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

A MATEMÁTICA DO DESFRALDE

Olá! Apareci das profundezas do norte da Espanha (rs), de "férias" e com muita vontade de voltar a escrever no meu cantinho e sobre as minhas meninas.
Faz tempo que queria escrever sobre minha experiencia sobre o desmame e um corre pra cá, um corre pra lá e só agora consegui.

Na verdade nao teve matemática nenhuma (menos mal porque nunca fui muito boa de contas, rs). É sério!

Já fazem 4 meses que estamos desfraldadas! Uhuuuu! Ainda escapa um pipi ou outro a noite, mas tudo controlado e sem estresse.

Na verdade eu que pensava que ia me lascar com o desfralde e graças a Deus foi tudo tranquilo. Vou confessar, foi a segunda tentativa, porque minha primeira foi um fiasco! Durou 2 dias e achei melhor fingir que nunca havia tentado.

Agora que vocês já sabem que existiu uma primeira ...
Vamos para a segunda!
Bora!

Começamos a escolinha em fevereiro e já queria desfraldar a bichinha, ela tinha 2 anos e 4 meses. Quando contei meus propósitos à professora, antes mesmo de me responder ela ja fazia sinais de que "peraí, calma mae". Me explicou que eram muitas mudanças e melhor seria que cada uma acontecesse no seu tempo.No começo pensei que elas nao queriam ter trabalho, afinal de contas sao muitas crianças desfraldando ao mesmo tempo. Enfim, concordei em esperar.

Eu queria que fosse rápido e indolor, conversei com algumas mamaes, li algumas experiências na blogosfera e confesso que aumentou minha dúvida se iniciar ou nao o desfralde. Pois, Laura nao se encaixava em alguns pontos e talvez nao estivesse preparada. Mas, arrisquei e nao queria voltar atrás, a nao ser que Laura reagisse de forma muito negativa, entao pararia.

Ela desde pequena tem muito medo de qualquer barulho e o meu desafio estava em fazer ela perder o medo do barulho da descarga e o medo do vaso sanitário. Ela sempre foi muito medroza, tenho até uma parcela de culpa, pois muitas vezes para evitar que ela se machucasse, eu  exagerava um pouco (rs).
Enfim, lendo sobre o desfralde, vi que muitas crianças dao os primeiros que ja nao querem fralda, mostrando que estao incomodados com o xixi ou com o coco. Laura, pelo contrário, nunca nem aí com o cocozao!

Foi muito bom, foram 2 dias insistindo que era uma delícia fazer xixi e que era divertidíssimo dar tchau para o coco e ela entendeu o recado. Conversei bastante com ela, sempre a chamava para olhar o xixi da mamae, pedia ajuda na hora de apertar o botao da descarga, e ela olhava, olhava e perguntava muiuuuuto, preparem-se!

Pra fazer com que ela se sentasse no penico sem drama, pensei em algo que ela gostasse muito e que eu nao podia dar com frequencia. "Chocolate", aqui tem uns palitinhos de chocolate que ela adora e resolvi tentar e nao é que funcionou! Deixei num lugar bem alto e visível e quando eu percebia algum sinal de que "to apertada", perguntava se ela queria ir ao banheiro e ela numa boa respondia.
A primeira reaçao era um "nao", ainda nao se sentia confiante e quando menos eu esperava, lá estava ela com a perninha aberta fazendo na roupa. 

O lado bom do pipizao na roupa, é que ela viu que era melhor render-se ao peniquinho a ficar molhada. Pelo menos no nosso caso deu certo.
O nosso primeiro xixi no penico foi rápido, no segundo dia de desfralde e quando escutei ela pedindo "mamá, penicooooo". Corri, corri feito doida pra buscar o bendito e quando escutamos o pipizao saindo, foi tao taoooooooo emocionante, tao legal. A mae aqui quase chorou e a carinha de felicidade dela nunca vou esquecer.

Muito bom gente, eu animo à todas mamaes que querem desfraldar e que de alguma forma nao sabem como e nem por onde começar. Aqui tem o primeiro blog que eu li e aqui o segundo. Vale a pena dar uma lida, tem muita informaçao nos blogs maternos. As experiencias das outras mamaes ajudam bastante.

Eu desobedeci um pouco às regras do desfralde, mas cabe a cada uma de nós, estimular, entender e respeitar o tempo dos nossos pequenos. Fazer com calma e com tranquilidade. Nao é fácil, porque ficamos ansiosas para ver os primeiros resultados e as possíveis reaçoes, mas calma ... os resultados chegam e é muito bom!

Agora vou ali, que preciso desmamar :o)
Beijinhos


Obs: Teclado com ortografia em espanhol, sorry!


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