sábado, 19 de maio de 2012

PÓS-PARTO

Apesar de estar muito feliz, a chegada em casa nao foi como eu esperava.
Imaginava chegar e receber aquele abraço da Laura, sentar tranquilamente e conversar um pouco com a família, enfim, um programa tranquilo e digno de uma família que acaba de chegar em casa com um bebê.
Pois é, minha cu-nhada, esposa do irmao do meu marido, que nunca deu o ar da graça, decidiu dar uma de tia e levou Laura pra almoçar fora no dia da minha alta. Acho que nem preciso dizer o quanto fiquei chateada. Vi que todos tentavam consertar a situaçao, mais a coisa já estava feita.
Os hormônios começaram dar o ar da graça e eu é que fiquei sem graça. Meus sogros nao sabiam o que falar, meu marido entao nem se fala. Decidi enviar uma mensagem e recebi como resposta que ela estava feliz e nao sentia minha falta. Nao sei se eu sou muito coraçao, ou tem gente que nao tem sensibilidade alguma. Enfim, 4 horas depois chegou Laura chorando, com fome e molhada de xixi. Ódio total!
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Já se passaram um pouco mais de 2 meses do nascimento da Clara e encontrar tempo para escrever é como acertar na loteria.
O pós-operatório foi maravilhoso, a cicatrizaçao dos pontos da laceraçao excelente e a amamentaçao está sendo um sonho (merece um post exclusivo) . O mais difícil desde o início tem sido as noites de sono mal dormidas, o cansaço e o acúmulo de funçoes. Mesmo com ajuda de uma amiga e da minha sogra, nao tem sido fácil. Graças a Deus, tive uma excelente recuperaçao, dessa maneira a casa tá dando pra levar, faço quando posso e quando dá. Ao menos consegui alguém para passar roupa eu consegui, assim ganho tempo para cuidar das meninas.
A minha amiga foi embora pouco antes da Clara completar 1 mês, e pensei: "danou-se" (como diz minha vó). Era um sentimento de impotência e de "vou blefar" a qualquer momento, que nem o melhor gênio da auto-ajuda me ajudaria.  
Eu parecia mae de primeira viagem, havia momentos que eu nao sabia o que fazer, ela chorava tanto durante o dia e durante a noite, que já nao sabia se era fome, se era cólica, irritaçao ou sono. Esse comportamento era novo pra mim, e nao saber o que fazer me desesperava. Sem contar que a situaçao era nova pra todo mundo, principalmente pra Laura. Agora sua mamae tinha outro bebê, que gostava de colo, fazia careta e chorava muito e pra piorar a situaçao, ficava pendurada no peito da sua mamae quase o dia inteiro. Laura teve uma idéia, resolveu imitar a "hemana" em tudo, ela grita eu grito, ela chora eu choro, resultado disso? mamae chorando também. O marido que me socorre sempre, chega em casa do trabalho 2-3h da manha e ainda me ajuda a sacodir a cria até dormir. Um parêntese aqui, nunca comprei nenhum livro do tipo "nana nenê" e nao sou contra, na verdade eu seria o exemplo a nao seguir (rs), ainda estou longe de conseguir aplicar técnicas. Há meses Laura dorme comigo primeiro pra depois ir pra sua cama, o marido reclama muito, chegamos até discutir por isso, e confesso que sou incapaz de fazê-la dormir sozinha. Ela resolveu dormir só quando a irma está dormindo, ou seja, nunca (rs). As técnicas da super nanny só funcionam com o marido, é impressionante. Ele a leva para o seu quarto, fala meia dúzia de palavras e ela dorme feito um anjinho e comigo dá um show de Betânia. E o que fazer pra encarar esse turbilhao de informaçoes?  Bom senso, vivo um dia após o outro, tentando resolver as coisas com calma, procurando melhorar a cada dia
E foi tentando melhorar, que decidimos pedir orientaçao médica e marcamos pediatra.Já nao estávamos aguentando essa situaçao de nao saber o que fazer e foi ótimo. Na consulta de 1 mês comentamos que desconfiávamos que Clara podia ter refluxo, porém o pediatra prefiriu esperar um pouco e aguardar a próxima visita. Como víamos que a coisa só piorava, decimos voltar antes do prazo estabelecido e finalmente iniciamos o tratamento contra o refluxo e o resultado têm sido positivo. Estamos contentes por vários motivos, primeiro porque estava sendo difícil vê-la sofrer, depois porque tudo têm soluçao, até nossas noites ficaram mais tranquilas. E  aquela luz no fim do túnel parece que voltou a piscar pra gente!
Ainda nao sei dizer até onde isso é saudável para as meninas, pois nao consigo atendê-las. Só sei de uma coisa, que tudo vai passar e logo as rotinas serao introduzidas novamente, enquanto isso nao acontece, vou apagando fogo, porque é assim que me sinto agora "numa fogueira" (rs).
Só mais uma coisa, apesar de tudo, vale a pena cada noite de sono mal dormida, porque acordar todos os dias com o sorriso mais puro e sincero do mundo, nao há mal-humor que resista.
Maternidade sua linda, amo você!

4 comentários:

Inaie disse...

ah querida, acho que você já encontrou a resposta. Tudo passa - e você ainda vai ter saudade dessa fase. Juro!

Beijos e parabens pelas meninas.

Fernanda disse...

Jô querida, muita força. Nem consigo imaginar como seria ter o segundo já que com um só minha vida perdeu o controle. Te admiro pois vc tem conseguido levar tudo muito bem! beijão

Josie disse...

Oi Fe, obrigada pelas palavras...fácil nao é, mais a gente sempre dá um jeitinho. Tenho certeza que se vc tivesse o segundo, também daria. Beijao e me espera por aí em junho ou agosto, hein! Be

Josie disse...

Inaie!Eu já sabia que nao seria fácil, mais todos os dias acordo com força e muita vontade de cuidar das meninas. Ainda nao está do jeito que eu gostaria, mais chego lá. Beijo e apareça sempre!

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