quarta-feira, 1 de junho de 2011

O PRIMEIRO MÊS

É muito bom recordar como foi o primeiro, mesmo que ele tenha sido difícil e um pouco estressante. Seria enganar a mim mesma e a vocês, porque foi de noites mal dormidas, de errar tentando acertar, de dúvidas e descontrole.
Muitas vezes olhava pra minha barriga e me dava conta que a Laura já nao estava ali, que ela estava fora e que já podia gozar da sua nova casa e de tudo que nela havia. Era estranho, ainda tinha a sensaçao que eu a sentia, e demorou para acreditar que ja tinha acontecido. Foram 9 meses de espera, meses de alegria e de ansiedade também.
Eu sonhava com o dia de chegar em casa e como seria. Imagina de várias maneiras e mudava a ordem das coisas também. A única coisa que nao seria mudado era a prioridade do cuidado da minha filha, eu estaria a sua inteira disposiçao.
As primeiras noites eu acordava de 3-3 horas e  houve momentos que eu já nao sabia o que era noite e nem que era dia, porque era contínuo, ninguém podia fazer por mim. Considero-me uma mulher de sorte, porque Laura nao chorava por cólicas, somente quando tinha fome e nao foi difícil de adaptar-me a seus horários.

Ao contrário de muitas mamaes eu tinha 2 trabalhos na hora de amamentar; oferecer o peito primeiro e depois a mamadeira. No começo era uma correria, ficávamos desesperados na hora da amamentaçao, queríamos observá-la e ao mesmo tempo fazer outras coisas.

Nas primeiras duas semana meu marido acordava e auxiliava no que fosse necessário, depois o cansaço venceu, ele já nao escutava o chorinho dela e eu tinha que me virar sozinha. Confesso que quando via ele dormindo eu sinta um pouco de inveja e outras vezes raiva. O cansaço era tao grande que daria tudo para que ele pudesse amamentar também. Assim eu poderia dizer, levanta é a sua vez agora engraçadinho (rs).

Inúmeras vezes eu amamentei com os olhos fechados, era involuntário eles se fechavam só. Era como se tivesse areia e  ela demorava 1 hora e meia para mamar, entao eu começava a calcular quanto tempo eu teria para dormir, a conta nao era difícil, eu que nao queria acreditar que dentro de 1 hora e meia eu teria que levantar novamente.

Passados 15 dias eu me despedi da maezinha e disse adeus também a comida prontinha, roupa lavada e passada, casa impacável e colo de mae. A pergunta que nao quer calar é a seguinte: E AGORA? agora ferrou, nada de pedir ajuda aos universitários e como pedir ajuda nao é comigo, teria que me virar.

Algumas coisas acertei e outras nao e outras fui desobrindo sozinha.
Descobri que quando eu achava que já tinha colocado uma rotina, ela mudava, que quando às pessoas perguntavam se ela tinha dormido bem a noite e eu respondia que sim, podia ter certeza que esta mesma noite ela dormiria menos, que quando eu achava que ela já comia mais ela passava a comer menos e por aí vai. Tive vontade de chorar várias vezes, e chorei!

Laura nasceu com uma circular (cordao no pescoço) e tive uma cicatrizacao da episiorrafia bem incômoda, mais sobrevivi e por isso acho importante colocar vassoura atrás da porta pra algumas visitas indesejáveis, pra ver se a visita vai embora mais rápido. Ta aí uma coisa que vou tentar fazer na próxima gravidez (se Deus me der a graça), acho importante restringir um pouco as visitas, adoro bater papo e jogar conversa fora, mais nao nos primeiros dia de vida da criança, nao. É impressionante como todo mundo sabe tudo e seeempre tem os palpiteiros de plantao.

Aprendi muito no primeiro mês e já estou no sétimo e continuo aprendendo.
Nao desanimem, a sensaçao que nao servimos pra nada, que o bebê nao liga pra gente e que só servimos pra amamentar vai desaparecer quando o bebê der o primeiro sorriso. É uma sensaçao maravilhosa e gratificante, todo o cansaço desaparece e só queremos retribuir esse amor e contentamento.
Ah! Deêm um voto de confiança no maridao nesta fase, eles também se despenteiam, com excessao do meu que é careca kkkk

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